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AGENTES COMUNITARIOS DE SAUDE DO BRASIL

BLOG DOS AGENTES COMUNITARIOS DE PROMISSÃO , LINS SABINO , GUAIÇARA , CAFELANDIA , PIRAJUI E TODA REGIÃO CENTRO OESTE PAULISTA.
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DOENÇAS


HIPERTENSÃO ARTERIAL - INTRODUÇÃOHIPERTENSÃO ARTERIAL
O coração é uma bomba eficiente que bate de 60 a 80 vezes por minuto durante toda a nossa vida e impulsiona de 5 a 6 litros de sangue por minuto para todo o corpo.
Pressão arterial é a força com a qual o coração bombeia o sangue através dos vasos. É determinada pelo volume de sangue que sai do coração e a resistência que ele encontra para circular no corpo.
Ela pode ser modificada pela variação do volume de sangue ou viscosidade (espessura) do sangue, da freqüência cardíaca (batimentos cardíacos por minuto) e da elasticidade dos vasos. Os estímulos hormonais e nervosos que regulam a resistência sangüínea sofrem a influência pessoal e ambiental.
O QUE É?
Hipertensão arterial é a pressão arterial acima de 140x90 mmHg (milímetros de mercúrio) em adultos com mais de 18 anos, medida em repouso de quinze minutos e confirmada em três vezes consecutivas e em várias visitas médicas.
Elevações ocasionais da pressão podem ocorrer com exercícios físicos, nervosismo, preocupações, drogas, alimentos, fumo, álcool e café.
CUIDADOS PARA MEDIR A PRESSÃO ARTERIAL
Alguns cuidados devem ser tomados, quando se verifica a pressão arterial: 
 
repouso de 15 minutos em ambiente calmo e agradável
a bexiga deve estar vazia (urinar antes)
após exercícios, álcool, café ou fumo aguardar 30 minutos para medir
o manguito do aparelho de pressão deve estar firme e bem ajustado ao braço e ter a largura de 40% da circunferência do braço,sendo que este deve ser mantido na altura do coração
não falar durante o procedimento
esperar 1 a 2 minutos entre as medidas
manguito especial para crianças e obesos devem ser usados
a posição sentada ou deitada é a recomendada na rotina das medidas
vale a medida de menor valor obtido
NÍVEIS DE PRESSÃO ARTERIAL
A pressão arterial é considerada normal quando a pressão sistólica (máxima) não ultrapassar a 130 e a diastólica (mínima) for inferior a 85 mmHg.
De acordo com a situação clínica, recomenda-se que as medidas sejam repetidas pelo menos em duas ou mais visitas clínicas.
No quadro abaixo, vemos as variações da pressão arterial normal e hipertensão em adultos maiores de 18 anos em mmHg: 
 
SISTÓLICADIASTÓLICANível
13085Normal
130-13985- 89Normal limítrofe
140 -15990 - 99Hipertensão leve
160-179100-109Hipertensão moderada
> 179> 109Hipertensão grave
> 140>90Hipertensão sistólica ou máxima
No Brasil 10 a 15% da população é hipertensa. A maioria das pessoas desconhece que são portadoras de hipertensão.
A hipertensão arterial pode ser sistólica e diastólica (máxima e mínima) ou só sistólica (máxima). A maioria desses indivíduos, 95%, tem hipertensão arterial chamada de essencial ou primária (sem causa) e 5% têm hipertensão arterial secundária a uma causa bem definida.
O achado de hipertensão arterial é elevado nos obesos 20 a 40%, diabéticos 30 a 60%, negros 20 a 30% e idosos 30 a 50%. Nos idosos, quase sempre a hipertensão é só sistólica ou máxima.
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
A hipertensão arterial sistêmica é uma doença crônica que, quando não tratada e controlada adequadamente, pode levar a complicações que podem atingir outros órgãos e sistemas. 
 
No sistema nervoso central podem ocorrer infartos, hemorragia e encefalopatia hipertensiva.
No coração, pode ocorrer cardiopatia isquêmica (angina), insuficiência cardíaca, aumento do coração e, em alguns casos, morte súbita.
Nos pacientes com insuficiência renal crônica associada sempre ocorre nefroesclerose.
No sistema vascular, pode ocorrer entupimentos e obstruções das artérias carótidas, aneurisma de aorta e doença vascular periférica dos membros inferiores.
No sistema visual, há retinopatia que reduz muito a visão dos pacientes.
PERGUNTAS QUE VOCÊ PODE FAZER AO SEU MÉDICO
O que é pressão alta?
Qual o nível da minha pressão?
Devo fazer verificação da minha pressão em casa?
O que pode me acontecer se eu não tratar a pressão alta?
Quais os efeitos colaterais do tratamento? 


DIABETES MELLITUS ( DM )
Sinônimos:
Diabetes, hiperglicemia
Nomes populares:
Açúcar no sangue, aumento de açúcar
O QUE É ?
Doença provocada pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina, que leva a sintomas agudos e a complicações crônicas características.
O distúrbio envolve o metabolismo da glicose, das gorduras e das proteínas e tem graves conseqüências tanto quando surge rapidamente como quando se instala lentamente. Nos dias atuais se constitui em problema de saúde pública pelo número de pessoas que apresentam a doença, principalmente no Brasil.
Apresenta diversas formas clínicas, sendo classificado em: 
 
Diabetes Mellitus tipo I:
Ocasionado pela destruição da célula beta do pâncreas, em geral por decorrência de doença auto-imune, levando a deficiência absoluta de insulina.
Diabetes Mellitus tipo II:
Provocado predominantemente por um estado de resistência à ação da insulina associado a uma relativa deficiência de sua secreção.
Outras formas de Diabetes Mellitus:
quadro associado a desordens genéticas, infecções, doenças pancreáticas, uso de medicamentos, drogas ou outras doenças endócrinas.
Diabetes Gestacional:
Circunstância na qual a doença é diagnosticada durante a gestação, em paciente sem aumento prévio da glicose.
COMO SE DESENVOLVE?
Conforme pode ser observado no item acima (formas clínicas), são várias as causas do DM.
No DM tipo I, a causa básica é uma doença auto-imune que lesa irreversivelmente as células pancreáticas produtoras de insulina (células beta). Assim sendo, nos primeiros meses após o início da doença, são detectados no sangue dos pacientes, diversos anticorpos sendo os mais importantes o anticorpo anti-ilhota pancreática, o anticorpo contra enzimas das células beta (anticorpos antidescarboxilase do ácido glutâmico - antiGAD, por exemplo) e anticorpos anti-insulina.
No DM tipo II, ocorrem diversos mecanismos de resistência a ação da insulina, sendo o principal deles a obesidade, que está presente na maioria dos pacientes.
Nos pacientes com outras formas de DM, o que ocorre em geral é uma lesão anatômica do pâncreas, decorrente de diversas agressões tóxicas seja por álcool, drogas, medicamentos ou infecções, entre outras.
O QUE SE SENTE ?
Os sintomas do DM são decorrentes do aumento da glicemia e das complicações crônicas que se desenvolvem a longo prazo.
Os sintomas do aumento da glicemia são: 
 
sede excessiva
aumento do volume da urina,
aumento do número de micções
surgimento do hábito de urinar à noite
fadiga, fraqueza, tonturas
visão borrada
aumento de apetite
perda de peso.
Estes sintomas tendem a se agravar progressivamente e podem levar a complicações severas que são a cetoacidose diabética (no DM tipo I) e o coma hiperosmolar (no DM tipo II).
Os sintomas das complicações envolvem queixas visuais, cardíacas, circulatórias, digestivas, renais, urinárias, neurológicas, dermatológicas e ortopédicas, entre outras. 
 
Sintomas visuais:
O paciente com DM descompensado apresenta visão borrada e dificuldade de refração. As complicações a longo prazo envolvem diminuição da acuidade visual e visão turva que podem estar associadas a catarata ou a alterações retinianas denominadas retinopatia diabética. A retinopatia diabética pode levar ao envolvimento importante da retina causando inclusive descolamento de retina, hemorragia vítrea e cegueira.
Sintomas cardíacos:
Pacientes diabéticos apresentam uma maior prevalência de hipertensão arterial, obesidade e alterações de gorduras. Por estes motivos e, principalmente se houver tabagismo associado, pode ocorrer doença cardíaca. A doença cardíaca pode envolver as coronárias, o músculo cardíaco e o sistema de condução dos estímulos elétricos do coração. Como o paciente apresenta em geral também algum grau de alteração dos nervos do coração, as alterações cardíacas podem não provocar nenhum sintoma, sendo descobertas apenas na presença de sintomas mais graves como o infarto do miocárdio, a insuficiência cardíaca e as arritmias.
Sintomas circulatórios:
Os mesmos fatores que se associam a outras complicações tornam mais freqüentes as alterações circulatórias que se manifestam por arteriosclerose de diversos vasos sangüíneos. São freqüentes as complicações que obstruem vasos importantes como as carótidas, a aorta, as artérias ilíacas, e diversas outras de extremidades. Essas alterações são particularmente importantes nos membros inferiores (pernas e pés), levando a um conjunto de alterações que compõem o "pé diabético". O "pé diabético" envolve, além das alterações circulatórias, os nervos periféricos (neuropatia periférica), infecções fúngicas e bacterianas e úlceras de pressão. Estas alterações podem levar a amputação de membros inferiores, com grave comprometimento da qualidade de vida.
Sintomas digestivos:
Pacientes diabéticos podem apresentar comprometimento da inervação do tubo digestivo, com diminuição de sua movimentação, principalmente em nível de estômago e intestino grosso. Estas alterações podem provocar sintomas de distensão abdominal e vômitos com resíduos alimentares e diarréia. A diarréia é caracteristicamente noturna, e ocorre sem dor abdominal significativa, freqüentemente associado com incapacidade para reter as fezes (incontinência fecal).
Sintomas renais:
O envolvimento dos rins no paciente diabético evolui lentamente e sem provocar sintomas. Os sintomas quando ocorrem em geral já significam uma perda de função renal significativa. Esses sintomas são: inchume nos pés (edema de membros inferiores), aumento da pressão arterial, anemia e perda de proteínas pela urina (proteinúria).
Sintomas urinários:
Pacientes diabéticos podem apresentar dificuldade para esvaziamento da bexiga em decorrência da perda de sua inervação (bexiga neurogênica). Essa alteração pode provocar perda de função renal e funcionar como fator de manutenção de infecção urinária. No homem, essa alteração pode se associar com dificuldades de ereção e impotência sexual, além de piorar sintomas relacionados com aumento de volume da próstata.
Sintomas neurológicos:
O envolvimento de nervos no paciente diabético pode provocar neurites agudas (paralisias agudas) nos nervos da face, dos olhos e das extremidades. Podem ocorrer também neurites crônicas que afetam os nervos dos membros superiores e inferiores, causando perda progressiva da sensibilidade vibratória, dolorosa, ao calor e ao toque. Essas alterações são o principal fator para o surgimento de modificações na posição articular e de pele que surgem na planta dos pés, podendo levar a formação de úlceras ("mal perfurante plantar"). Os sinais mais característicos da presença de neuropatia são a perda de sensibilidade em bota e luva, o surgimento de deformidades como a perda do arco plantar e as "mãos em prece" e as queixas de formigamentos e alternância de resfriamento e calorões nos pés e pernas, principalmente à noite.
Sintomas dermatológicos:
Pacientes diabéticos apresentam uma sensibilidade maior para infecções fúngicas de pele (tinha corporis, intertrigo) e de unhas (onicomicose). Nas regiões afetadas por neuropatia, ocorrem formações de placas de pele engrossada denominadas hiperceratoses, que podem ser a manifestação inicial do mal perfurante plantar.
Sintomas ortopédicos:
A perda de sensibilidade nas extremidades leva a uma série de deformidades como os pés planos, os dedos em garra, e a degeneração das articulações dos tornozelos ou joelhos ("Junta de Charcot").
COMO O MÉDICO FAZ O DIAGNÓSTICO ?
O diagnóstico pode ser presumido em pacientes que apresentam os sintomas e sinais clássicos da doença, que são: sede excessiva, aumento do volume e do número de micções (incluindo o surgimento do hábito de acordar a noite para urinar), fome excessiva e emagrecimento. Na medida em que um grande número de pessoas não chega a apresentar esses sintomas, durante um longo período de tempo, e já apresentam a doença, recomenda-se um diagnóstico precoce .
O diagnóstico laboratorial do Diabetes Mellitus é estabelecido pela medida da glicemia no soro ou plasma, após um jejum de 8 a 12 horas. Em decorrência do fato de que uma grande percentagem de pacientes com DM tipo II descobre sua doença muito tardiamente, já com graves complicações crônicas, tem se recomendado o diagnóstico precoce e o rastreamento da doença em várias situações. O rastreamento de toda a população é porém discutível.
Fatores de Risco para o Diabetes Mellitus
Existem situações nas quais estão presentes fatores de risco para o Diabetes Mellitus, conforme apresentado a seguir: 
 
Idade maior ou igual a 45 anos
História Familiar de DM ( pais, filhos e irmãos)
Sedentarismo
HDL-c baixo ou triglicerídeos elevados
Hipertensão arterial
Doença coronariana
DM gestacional prévio
Filhos com peso maior do que 4 kg, abortos de repetição ou morte de filhos nos primeiros dias de vida
Uso de medicamentos que aumentam a glicose ( cortisonas, diuréticos tiazídicos e beta-bloqueadores)
Objetivos do Tratamento
Os objetivos do tratamento do DM são dirigidos para se obter uma glicemia normal tanto em jejum quanto no período pós-prandial, e controlar as alterações metabólicas associadas.
TRATAMENTO
O tratamento do paciente com DM envolve sempre pelos menos 4 aspectos importantes:
Plano alimentar:É o ponto fundamental do tratamento de qualquer tipo de paciente diabético. O objetivo geral é o de auxiliar o indivíduo a fazer mudanças em seus hábitos alimentares, permitindo um controle metabólico adequado. Além disso, o tratamento nutricional deve contribuir para a normalização da glicemia, diminuir os fatores de risco cardiovascular, fornecer as calorias suficientes para manutenção de um peso saudável, prevenir as complicações agudas e crônicas e promover a saúde geral do paciente. Para atender esses objetivos a dieta deveria ser equilibrada como qualquer dieta de uma pessoa saudável normal, sendo individualizada de acordo com as particularidades de cada paciente incluindo idade, sexo, situação funcional, atividade física, doenças associadas e situação sócioeconômico-cultural.
Composição do plano alimentar
A composição da dieta deve incluir 50 a 60% de carboidratos, 30% de gorduras e 10 a 15% de proteínas. Os carboidratos devem ser preferencialmente complexos e ingeridos em 5 a 6 porções por dia. As gorduras devem incluir no máximo 10% de gorduras saturadas, o que significa que devem ser evitadas carnes gordas, embutidos, frituras, laticínios integrais, molhos e cremes ricos em gorduras e alimentos refogados ou temperados com excesso de óleo. As proteínas devem corresponder a 0,8 a 1,0 g/kg de peso ideal por dia, o que corresponde em geral a 2 porções de carne ao dia. Além disso, a alimentação deve ser rica em fibras, vitaminas e sais minerais, o que é obtido pelo consumo de 2 a 4 porções de frutas, 3 a 5 porções de hortaliças, e dando preferência a alimentos integrais. O uso habitual de bebidas alcoólicas não é recomendável, principalmente em pacientes obesos, com aumento de triglicerídeos e com mau controle metabólico. Em geral podem ser consumidos uma a duas vezes por semana, dois copos de vinho, uma lata de cerveja ou 40 ml de uísque, acompanhados de algum alimento, uma vez que o álcool pode induzir a queda de açúcar (hipoglicemia).
Atividade física:Todos os pacientes devem ser incentivados à pratica regular de atividade física, que pode ser uma caminhada de 30 a 40 minutos ou exercícios equivalentes. A orientação para o início de atividade física deve incluir uma avaliação médica adequada no sentido de avaliar a presença de neuropatias ou de alterações cardio-circulatórias que possam contra-indicar a atividade física ou provocar riscos adicionais ao paciente.
Medicamentos, Hipoglicemiantes orais:São medicamentos úteis para o controle de pacientes com DM tipo II, estando contraindicados nos pacientes com DM tipo I. Em pacientes obesos e hiperglicêmicos, em geral a medicação inicial pode ser a metformina, as sultoniluréias ou as tiazolidinedionas. A insulina é a medicação primordial para pacientes com DM tipo I, sendo também muito importante para os pacientes com DM tipo II que não responderam ao tratamento com hipoglicemiantes orais.
Rastreamento:O rastreamento, a detecção e o tratamento das complicações crônicas do DM deve ser sempre realizado conforme diversas recomendações. Essa abordagem está indicada após 5 anos do diagnóstico de DM tipo I, no momento do diagnóstico do DM tipo II, e a seguir anualmente. Esta investigação inclui o exame de fundo de olho com pupila dilatada, a microalbuminúria de 24 horas ou em amostra, a creatinina sérica e o teste de esforço. Uma adequada analise do perfil lipídico, a pesquisa da sensibilidade profunda dos pés deve ser realizada com mofilamento ou diapasão, e um exame completo dos pulsos periféricos dever ser realizada em cada consulta do paciente. Uma vez detectadas as complicações existem tratamentos específicos, os quais serão melhor detalhados em outros artigos desse site.
COMO SE PREVINE ?
A prevenção do DM só pode ser realizada no tipo II e nas formas associadas a outras alterações pancreáticas. No DM tipo I, na medida em que o mesmo se desenvolve a partir de alterações auto-imunes, essas podem ser até mesmo identificadas antes do estado de aumento do açúcar no sangue. Esse diagnóstico precoce não pode ser confundido porém com prevenção, que ainda não é disponível.
No DM tipo II, na medida em que uma série de fatores de risco são bem conhecidos, pacientes que sejam portadores dessas alterações podem ser rastreados periodicamente e orientados a adotarem comportamentos e medidas que os retire do grupo de risco.
Assim é que pacientes com história familiar de DM, devem ser orientados a: 
 
manter peso normal
praticar atividade física regular
não fumar
controlar a pressão arterial
evitar medicamentos que potencialmente possam agredir o pâncreas (cortisona, diuréticos tiazídicos)
Essas medidas, sendo adotadas precocemente, podem resultar no não aparecimento do DM em pessoa geneticamente predisposta, ou levar a um retardo importante no seu aparecimento e na severidade de suas complicações.



TUBERCULOSE
O que é?
Doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, mas, também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro). 

Qual a causa?
Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK). Outras espécies de micobactérias também podem causar a tuberculose. São elas: Mycobacterium bovis, africanum e microti.

Quais os sintomas?

Alguns pacientes não exibem nenhum indício da doença, outros apresentam sintomas aparentemente simples que são ignorados durante alguns anos (meses). Contudo, na maioria dos infectados, os sinais e sintomas mais freqüentemente descritos são tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo; febre baixa geralmente à tarde; sudorese noturna; falta de apetite; palidez; emagrecimento acentuado; rouquidão; fraqueza; e prostração. Os casos graves apresentam dificuldade na respiração; eliminação de grande quantidade de sangue, colapso do pulmão e acumulo de pus na pleura (membrana que reveste o pulmão) - se houver comprometimento dessa membrana, pode ocorrer dor torácica.

Como se transmite?

A transmissão é direta, de pessoa a pessoa. O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo contaminando-o. Somente 5% a 10% dos infectados pelo Bacilo de Koch adquirem a doença. Pessoas com Aids, diabetes, insuficiência renal crônica (IRA), desnutridas, idosos doentes, alcoólatras, viciados em drogas e fumantes são mais propensos a contrair a tuberculose.

Como tratar?

O tratamento deve ser feito por um período mínimo de seis meses, sem interrupção, diariamente. São utilizados quatro fármacos para o tratamento dos casos que utilizam o esquema básico: rifampicina (R), isoniazida (H), pirazinamida (Z) e etambutol (E). Quase todos os pacientes que seguem o tratamento corretamente são curados.

Como se prevenir?

Para prevenir a doença é necessário imunizar as crianças de até 4 anos, obrigatoriamente as menores de 1 ano, com a vacina BCG. Crianças soropositivas ou recém-nascidas que apresentam sinais ou sintomas de Aids não devem receber a vacina. A prevenção inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, mal ventilados e sem iluminação solar. A tuberculose não se transmite por fômites e pelo uso de objetos compartilhados. Cuidado para não agravar os estigmas.



Meningite



As meninges: dura-máter, pia-máter e aracnoide
As meninges: dura-máter, pia-máter e aracnoide
meningite é uma doença que consiste na inflamação das meninges – membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal. Ela pode ser causada, principalmente, por vírus ou bactérias. O quadro das meningites virais é mais leve e seus sintomas se assemelham aos da gripe e resfriados. Entretanto, a bacteriana – causada principalmente pelos meningococos, pneumococos ou hemófilos – é altamente contagiosa e geralmente grave, sendo a doença meningocócica a mais séria. Ela, causada pela Neisseria meningitidis, pode causar inflamação nas meninges e, também, infecção generalizada (meningococcemia). O ser humano é o único hospedeiro natural desta bactéria cujas sequelas podem ser variadas: desde dificuldades no aprendizado até paralisia cerebral, passando por problemas como surdez.
transmissão se dá pelo contato da saliva ou gotículas de saliva da pessoa doente com os órgãos respiratórios de um indivíduo saudável, levando a bactéria para o sistema circulatório aproximadamente cinco dias após o contágio. Como crianças de até 6 anos de idade ainda não têm seus sistemas imunológicos completamente consolidados, são elas as mais vulneráveis. Idosos e imunodeprimidos também fazem parte do grupo de maior suscetibilidade.

A doença chega a matar em cerca de 10% dos casos e atinge 50% quando a infecção alcança a corrente sanguínea e é este um dos motivos da importância do tratamento médico. Febre alta, fortes dores de cabeça, vômitos, rigidez no pescoço, moleza, irritação, fraqueza e manchas vermelhas na pele (que são inicialmente semelhantes a picadas de mosquitos, mas rapidamente aumentam de número e de tamanho, sendo indício de que há uma grande quantidade de bactérias circulando pelo sangue) são alguns dos seus sintomas.
A doença meningocócica tem início repentino e evolução rápida, pode levar ao óbito em menos de 24 a 48 horas. Para a confirmação diagnóstica das meningites, retira-se um líquido da espinha, denominado líquido cefalorraquidiano, para identificar se há ou não algum patógeno e, se sim, identificá-lo. Em caso de meningite viral, o tratamento é o mesmo feito para as viroses em geral; caso seja meningite bacteriana, o uso de antibióticosespecíficos para a espécie, administrados via endovenosa, será imprescindível.

Geralmente a incidência da doença é maior em países em desenvolvimento, especialmente em áreas com grandes aglomerados populacionais. Tal constatação pode ser justificada pela precariedade dos serviços de saúde e condições de higiene e pela facilidade maior de propagação em locais fechados ou aglomerados. Por este último motivo é que, geralmente, a doença é mais manifestada no inverno – quando tendemos a buscar refúgios em locais mais fechados para fugirmos do frio.

Para a meningite, as vacinas mais utilizadas são a bivalente, a tetravalente e a monovalente, em menores de 2 anos. Entretanto, não existe ainda vacina para alguns sorotipos da doença.

Evitar o uso de talheres e copos utilizados por outras pessoas ou mal lavados e ambientes abafados são formas de se diminuir as chances de adquirir a doença. Manter o sistema imunológico fortalecido e seguir corretamente as orientações médicas, caso tenha tido contato com alguém acometido pela doença são, também, medidas importantes.
E lembre-se: nunca use remédios sem prescrição médica.
 
O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.





Sobre a Dengue
A palavra dengue tem origem espanhola e quer dizer "melindre", "manha". O nome faz referência ao estado de moleza e prostração em que fica a pessoa contaminada pelo arbovírus (abreviatura do inglês de arthropod-bornvirus, vírus oriundo dos artrópodos).
Mais Sobre a Dengue - Dr. Drauzio Varella

Fonte: Globo Vídeos
História da Dengue 
O mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, foi introduzido na América do Sul através de barcos (navios negreiros) provenientes da África, no periodo período colonial, junto com os escravos. Houve casos em que os barcos ficaram com a tripulação tão reduzida que passaram a vagar pelos mares, constituindo os "navios-fantasmas".
O que é Dengue?
O dengue é uma doença infecciosa causada por um arbovírus (existem quatro tipos diferentes de vírus do dengue: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4), que ocorre principalmente em áreas tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil. As epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos.

O dengue clássico se inicia de maneira súbita e podem ocorrer febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores nas costas. Às vezes aparecem manchas vermelhas no corpo. A febre dura cerca de cinco dias com melhora progressiva dos sintomas em 10 dias. Em alguns poucos pacientes podem ocorrer hemorragias discretas na boca, na urina ou no nariz. Raramente há complicações.
O que é Dengue Hemorrágico?
Dengue hemorrágico é uma forma grave de dengue. No início os sintomas são iguais ao dengue clássico, mas após o 5º dia da doença alguns pacientes começam a apresentar sangramento e choque. Os sangramentos ocorrem em vários órgãos. Este tipo de dengue pode levar a pessoa à morte. Dengue hemorrágico necessita sempre de avaliação médica de modo que uma unidade de saúde deve sempre ser procurada pelo paciente.
O que é Dengue Tipo 4?
O avanço do vírus tipo 4 da dengue pelo Brasil é uma ameaça à saúde pública. Não pelo vírus em si, que não é mais nem menos perigoso que os tipos 1, 2 e 3, mas pela entrada em ação de mais uma variação do microorganismo.
Existem quatro tipos do vírus da dengue: O DEN-1, o DEN-2, o DEN-3 e o DEN-4. “Causam os mesmos sintomas. A diferença é que, cada vez que você pega um tipo do vírus, não pode mais ser infectado por ele. Ou seja, na vida, a pessoa só pode ter dengue quatro vezes”, explica o consultor de dengue da Organização Mundial da Saúde (OMS), Ivo Castelo Branco.
“Em termos de classificação, estamos falando do mesmo tipo de vírus, com quatro variações”, explica Marcelo Litvoc, infectologista do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. “Do ponto de vista clínico, são absolutamente iguais, vão gerar o mesmo quadro”, esclarece o médico.
A explicação do problema provocado pelo vírus 4 está no sistema imunológico do corpo humano. Quem já teve dengue causada por um tipo do vírus não registra um novo episódio da doença com o mesmo tipo. Ou seja, quem já teve dengue devido ao tipo 1 só pode ter novamente se ela for causada pelos tipos 2, 3 ou 4.
“Quanto mais vírus existirem, maior a probabilidade de haver uma infecção”, resume Caio Rosenthal, infectologista e consultor do programa Bem Estar, da TV Globo. Se houvesse só um tipo de vírus, ninguém poderia ter dengue duas vezes na vida.
A possibilidade da reincidência da doença é preocupante. Caso ocorra um segundo episódio da dengue, os sintomas se manifestam com mais severidade. “Existe certa sensibilização do sistema imunológico e ele dá uma resposta exacerbada”, afirma Litvoc.
Esta reação exagerada do sistema imunológico é um problema. Pode causar inflamações e, por isso, aumenta o risco de lesões nos vasos sanguíneos, o que levaria à dengue hemorrágica. Um terceiro episódio poderia ser ainda mais grave, e um quarto seria mais perigoso que o terceiro.
Qual a causa?A infecção pelo vírus, transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti, uma espécie hematófaga originária da África que chegou ao continente americano na época da colonização. Não há transmissão pelo contato de um doente ou suas secreções com uma pessoa sadia, nem fontes de água ou alimento.

Como tratar?Não existe tratamento específico para dengue, apenas tratamentos que aliviam os sintomas. 
Deve-se ingerir muito líquido como água, sucos, chás, soros caseiros, etc. Os sintomas podem ser tratados com dipirona ou paracetamol. Não devem ser usados medicamentos à base de ácido acetil salicílico e antiinflamatórios, como aspirina e AAS, pois podem aumentar o risco de hemorragias.
Tratamento








Início
Sobre a Febre Amarela
Origem da Febre Amarela
Acredita-se que o vírus causador da febre amarela é de origem africana. O primeiro relato de epidemia de uma doença semelhante à febre amarela é de um manuscrito maia de 1648 em Yucatan, México. Na Europa, a febre amarela já havia se manifestado antes dos anos 1700, mas foi em 1730, na Península Ibérica, que se deu a primeira epidemia, causando a morte de 2.200 pessoas. No Brasil, a febre amarela apareceu pela primeira vez em Pernambuco, no ano de 1685.
Mais Saiba mais sobre a história da Febre Amarela
O que é?
A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, de curta duração (no máximo 10 dias), gravidade variável, causada pelo vírus da febre amarela, que ocorre na América do Sul e na África. Causada por um gênero de vírus conhecido como flavivírus, a enfermidade apresenta duas formas de expressão, a urbana e a silvestre.
Febre Amarela Urbana e Silvestre
A febre amarela silvestre ocorre, principalmente, por intermédio de mosquitos do gênero Haemagogus. Uma vez infectado em área silvestre, a pessoa pode, ao retornar, servir como fonte de infecção para o Aedes aegypti (também vetor do dengue), principal transmissor da febre amarela urbana. O Aedes aegypti prolifera-se nas proximidades de habitações em recipientes que acumulam água limpa e parada, como vasos de plantas, pneus velhos, cisternas etc.
Aedes
Aedes aegypti
Modo de transmissão
A febre amarela é transmitida pela picada dos mosquitos transmissores infectados.
A fêmea do mosquito pica a pessoa infectada, mantém o vírus na saliva e o retransmite. A transmissão de pessoa para pessoa não existe. Não há transmissão pelo contato de um doente ou suas secreções com uma pessoa sadia, nem fontes de água ou alimento.
Dúvidas Frequentes
seta Como se caracteriza uma epidemia de febre amarela? Quantas pessoas com a doença precisam ser identificadas?A epidemia não se restringe a uma área. Considera-se epidemia quando a doença atinge uma grande parte de municípios, de um estado, outras áreas territoriais e às vezes até de outros estados.
seta Existe alguma relação entre o retorno da febre amarela com o aquecimento global? 
Nesse momento, não se pode culpar o aquecimento global pelo que está acontecendo no Brasil. Mas, quando há aumento de temperatura, aumenta consequentemente a quantidade de chuvas e isso tem influência no aumento da população dos mosquitos , que são os vetores da doença.
Links e Informações Úteis
seta Febre Amarela - Informações para viajantes
seta Boletim da SVS Situação da Febre Amarela
seta Informação em Inglês: Selvatic Yellow Fever
Material Informativo
Material informativo













FEBRE MACULOSA OU FEBRE DO CARRAPATO
DEFINIÇÃO
A febre maculosa é uma infecção aguda causada por uma bactéria, a Rickettsia rickettsii. O homem é infectado através da picada do carrapato que eventualmente carrega esta bactéria nas suas glândulas salivares.
INCIDÊNCIA
Esta é uma doença rara, porém o número de pessoas diagnosticadas vem aumentando desde 1996 quando se tornou obrigatória a sua notificação para os centros de vigilância epidemiológica. Estima-se que a maioria dos casos não é diagnosticada e que os dados disponíveis são provavelmente inferiores à verdadeira incidência.
É mais comum na zona rural, principalmente dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
INFECÇÃO
CarrapatoRickettsia é uma bactéria que sobrevive basicamente dentro das células dos carrapatos. No Brasil, o carrapato mais comum e também o que mais comumente é vetor desta infecção é do tipo Amblyomma cajennense. Estes carrapatos são também conhecidos como "carrapato-estrela", "carrapato de cavalo" ou "rodoleiro". Eles infestam animais domésticos como as galinhas, cavalos, bois, cachorros e porcos e também animais selvagens como os gambás, as capivaras, cachorros-do-mato, coelhos, tatus e cobras.
O carrapato infectado pica o hospedeiro e através de sua regurgitação inocula a bactéria na corrente sanguínea do animal ou, mais raramente, em feridas abertas. No homem, isso não é comum porque para que haja a infecção o carrapato tem que ficar aderido de 4 a 6 horas.
Todas as pessoas são susceptíveis à infecção as quais, depois de infectadas, adquirem imunidade, provavelmente para o resto da vida.
Esta infecção não passa de uma pessoa doente para outra por contato físico nem contato com saliva, urina ou fezes. Sempre é necessária a picada do carrapato. Porém, a ausência de um relato de que houve a picada por um carrapato não exclui o diagnóstico já que este relato depende da observação e da memória do indivíduo. Além disso, mais de um caso pode aparecer na mesma família ou em pessoas que moram na mesma região porque foram expostos aos mesmos animais portadores de carrapatos infectados.
Os casos são mais comuns nos meses de primavera e verão.
SINTOMAS
A pessoa infectada pode desenvolver sintomas de 2 a 14 dias após a picada, em média, uma semana. Estes sintomas podem praticamente não existir ou serem muito fracos, o que dificulta o diagnóstico.
Nas pessoas que desenvolvem o quadro mais característico, a febre pode ser moderada a alta, chegando até 39 a 40 graus. Esta febre pode durar de 2 a 3 semanas e geralmente a pessoa tem que restringir as suas atividades, necessitando repouso no leito. É comum ter dor de cabeça intensa, dor no corpo, calafrios e edema dos olhos e conjuntivas.
Nos primeiros dias de febre pode aparecer a mácula, de onde vem o nome da doença. São lesões de pele, róseas, nos punhos e tornozelos, que progridem para o tronco e face e após, mãos e pés. Em 2 a 3 dias, estas lesões adquirem um certo volume e podem ser sentidas ao toque quando ficam de uma coloração mais forte. Após 4 dias podem ficar arroxeadas. Nas áreas de maior atrito, podem se unir e formar uma placa que se parece com um hematoma. Pode haver descamação nas áreas mais intensas. O local onde houve a picada pode formar uma úlcera necrótica semelhante à lesão de picada de aranha.
A doença pode evoluir para cura espontânea em 3 semanas. Porém nas formas mais graves, as lesões de pele são mais hemorrágicas podendo até ocorrer áreas de necrose nos dedos, nas orelhas, no palato mole e nos genitais. Podem ser acompanhados de sangramento de gengivas, do nariz, vômitos e tosse seca intensa. Os casos que necessitam de internação hospitalar são aqueles em que há um comprometimento sistêmico com pressão baixa, sangramento digestivo, desidratação e insuficiência ventilatória.
O diagnóstico diferencial se faz com outras doenças infecciosas que também se apresentam com lesões de pele e febre alta como febre tifóide, sarampo, rubéola, meningite meningocócica, leptospirose e malária.
É importante ressaltar que muitas pessoas podem ter esta infecção sem ou quase nenhuma lesão de pele ficando o diagnóstico muito difícil.
A mortalidade pode chegar até 20% dos casos diagnosticados.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico de certeza se faz através de exames laboratorial do sangue do doente, através de sorologia e cultura.
TRATAMENTO
A maioria das pessoas tem um curso benigno que necessita só de medicações sintomáticas como analgésicos, antitérmicos, hidratação oral e repouso. Estima-se que estas pessoas não chegam a procurar atendimento médico e a infecção tem uma resolução espontânea em algumas semanas. Os casos mais graves, quando diagnosticados, devem receber antibióticos específicos e medidas de suporte, muitas vezes necessitando até de tratamento intensivo.
PREVENÇÃO
- Evitar contato com animais domésticos e silvestres em regiões reconhecidamente de alta incidência da doença.
- Se for necessário entrar em contato com animais vistoriar o corpo de 3 em 3 horas já que o carrapato necessita ficar aderido por mais de 4 horas para transmitir a infecção.
- Se necessitar andar em locais de vegetação alta, usar calças compridas e botas.
- Não esmagar o carrapato, já que a bactéria pode entrar em algum ferimento do homem.
- Usar carrapaticida em animais domésticos com a freqüência recomendada.
CURIOSIDADE
Esta doença é a mesma conhecida nos Estados Unidos como Rocky Mountain Fever, ou, Febre das Montanhas Rochosas. 






Febre Reumática






Streptococcus pyogenes: bactéria que pode propiciar o quadro de febre reumática.
A febre reumática é uma doença reumática, inflamatória e que afeta as articulações. Sua origem está relacionada à resposta do organismo mediante a infecções pelo estreptococo, ou seja, é de origem autoimune.
A febre reumática ocorre após um episódio de amigdalite bacteriana tratado inadequadamente. O indivíduo pode sofrer complicações cardíacas (cardite - inflamação no coração), neurológicas (coreia – incoordenação dos movimentos em razão da inflamação no cérebro) e dermatológicas (eritema e nódulos subcutâneos).

Os principais sintomas da febre reumática são febre, edema (inchaço) e dores nas articulações, impossibilitando, muitas vezes, a criança de andar por causa da dor. Quando a doença atinge o coração, o paciente sente cansaço contínuo e falta de ar.

Quanto ao diagnóstico, é importante que se faça uma análise cuidadosa de todos os sinais clínicos e exames, pois não existe teste ou sinal específico que o facilite.

Uma das formas de prevenção é fazer o tratamento logo que a faringite estreptocócica seja diagnosticada, porém a realidade socioeconômica do país, determinada pela desigualdade social, dificulta o acesso da população aos procedimentos e exames que permitem distinguir a instalação ou não de uma infecção por estreptococos em quadros de gripe ou resfriado.

O tratamento da febre reumática é feito com o uso de antibióticos à base de penicilina.
O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE: 
A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.









PNEUMONIA
O QUE É?
A pneumonia é uma infecção ou inflamação nos pulmões. Ela pode ser causada por vários microorganismos diferentes, incluindo vírus, bactérias, parasitas ou fungos.
Esta doença é muito freqüente e afeta pessoas de todas as idades. Muitas destas, anualmente, morrem por pneumonia. A metade de todos os casos de pneumonia é causada por bactérias e, destas, o pneumococo é o mais freqüente.
COMO SE DESENVOLVE?
Normalmente, a doença se desenvolve quando, por algum motivo, há uma falha nos mecanismos de defesa do organismo.
A pneumonia pode desenvolver-se por três mecanismos diferentes: 
 
Um deles, bem freqüente, ocorre quando a pessoa inala um microorganismo, através da respiração, e este chega até um ou ambos pulmões, onde causa a doença.
Outra maneira freqüente é quando bactérias, que normalmente vivem na boca, se proliferam e acabam sendo aspiradas para um local do pulmão.
A forma mais incomum de contrair a doença é através da circulação sangüínea. Uma infecção por um microorganismo em outro local do corpo se alastra e, através do sangue que circula, chega aos pulmões, onde causa a infecção.

MECANISMOS DE PROTEÇÃO
É importante lembrar que, em circunstâncias normais, as vias respiratórias (incluindo os pulmões) têm mecanismos eficazes de proteção contra infecções por microorganismos.
O primeiro deles ocorre no nariz, onde grandes partículas são filtradas, não podendo chegar até os pulmões para causar infecções.
As partículas pequenas, quando são inaladas pelas vias respiratórias (que levam ar até os pulmões), são combatidas por mecanismos reflexos. Dentre estes estão o reflexo do espirro, do pigarrear e da tosse, que expulsam as partículas invasoras, evitando as infecções (pneumonias).
Quando as pessoas estão resfriadas ou gripadas, a filtração que normalmente ocorre no nariz e a imunidade do organismo podem ficar prejudicadas, facilitando o surgimento de uma pneumonia.
Naqueles casos onde ocorre uma supressão dos reflexos citados acima, também há um maior risco de surgimento de uma pneumonia. Esta pode ocorrer quando, por exemplo, uma pessoa dorme alcoolizada, fez uso de sedativos, sofreu uma perda de consciência por uma crise convulsiva ou é portador de seqüela neurológica.
Os pulmões também possuem um mecanismo de limpeza, em que os cílios que ficam no seu interior realizam, através de sua movimentação, a remoção de secreções com microorganismos que, eventualmente, tenham vencido os mecanismos de defesa descritos anteriormente.
Estes cílios ficam na parte interna dos brônquios, que são tubos que levam ar até os pulmões. É importante lembrar que este mecanismo de limpeza fica prejudicado no fumante, pois o fumo tem a propriedade de paralisar temporariamente os cílios envolvidos neste trabalho.
O último mecanismo de defesa da via respiratória ocorre nos alvéolos, onde ocorrem as trocas gasosas (entra o oxigênio e sai o gás carbônico) e é onde agem os macrófagos. Estes são células especializadas na defesa do organismo e englobam os microorganismos que, porventura, tenham vencido a filtração nasal, os reflexos de pigarrear, tossir ou espirrar, além da limpeza feita pelos cílios das vias respiratórias.
O QUE SE SENTE?
A pneumonia bacteriana clássica inicia abruptamente, com febre, calafrios, dor no tórax e tosse com expectoração (catarro) amarelada ou esverdeada que pode ter um pouco de sangue misturado à secreção. A tosse pode ser seca no início.
A respiração pode ficar mais curta e dolorosa, a pessoa pode ter falta de ar e em torno dos lábios a coloração da pele pode ficar azulada, nos casos mais graves.
Em idosos, confusão mental pode ser um sintoma freqüente, além da piora do estado geral (fraqueza, perda do apetite e desânimo, por exemplo). Nas crianças, os sintomas podem ser vagos (diminuição do apetite, choro, febre).
Outra alteração que pode ocorrer é o surgimento de lesões de herpes nos lábios, por estar o sistema imune debilitado.
Em alguns casos, pode ocorrer dor abdominal, vômitos, náuseas e sintomas do trato respiratório superior como dor de garganta, espirros, coriza e dor de cabeça.
COMO O MÉDICO FAZ O DIAGNÓSTICO?
O diagnóstico pode ser feito apenas baseado no exame físico alterado e na conversa que o médico teve com seu paciente que relata sinais e sintomas compatíveis com a doença. Os exames complementares são importantes para corroborar o diagnóstico e ajudarão a definir o tratamento mais adequado para cada caso.
Normalmente, o médico utiliza-se dos exames de imagem (raios-X de tórax ou, até mesmo, da tomografia computadorizada de tórax) e de exames de sangue como auxílio para o diagnóstico.
O exame do escarro também é muito importante para tentar identificar o germe causador da pneumonia. Com isso, o médico poderá prever, na maioria dos casos, o curso da doença e também definir o antibiótico mais adequado para cada caso.
COMO SE TRATA?
A pneumonia bacteriana deverá ser tratada com antibióticos. Cada caso é avaliado individualmente e se definirá, além do tipo de antibiótico, se há ou não necessidade de internação.
Nos casos graves, até mesmo a internação em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) poderá ser necessária.
Os antibióticos e demais medicações podem ser utilizados por via oral ou através de injeções, que podem ser na veia ou no músculo.
Além das medicações, podemos utilizar a fisioterapia respiratória como auxiliar no tratamento. Os fisioterapeutas podem utilizar exercícios respiratórios, vibradores no tórax e tapotagem (percussão do tórax com os punhos) com o intuito de retirar as secreções que estão dentro dos pulmões, agilizando o processo de cura dos pacientes.
Na maioria dos casos de pneumonias virais o tratamento é só de suporte. Visa melhorar as condições do organismo para que este combata a infecção. Utiliza-se uma dieta apropriada, oxigênio (se for necessário) e medicações para dor ou febre.
Nos casos de pneumonia por parasitas ou fungos, antimicrobianos específicos são utilizados.
COMO SE PREVINE?
Como já foi mencionado anteriormente, muitas vezes uma gripe ou resfriado podem preceder uma pneumonia. Para tentar evitar isso, vacinas foram criadas.
Existe no mercado a vacina contra o vírus influenza e outra contra o pneumococo, que podem diminuir as chances do aparecimento das doenças causadas por estes germes.
Devemos lembrar que estas vacinas devem ser feitas antes do início do inverno, preferencialmente.
A vacina contra o vírus influenza deverá ser feita anualmente em idosos e naquelas pessoas com maior risco de ter uma pneumonia. A vacina contra o pneumococo deverá ser feita em idosos e naquelas pessoas com o vírus do HIV, doença renal, asplênicos (pessoas que não tem o baço, órgão que também ajuda na defesa do corpo), alcoolistas ou outras condições que debilitem o sistema de defesa do organismo. Esta vacina tem a duração de aproximadamente cinco anos.
Em alguns casos, deverá ser repetida após o término deste período. Em casos selecionados, a vacina contra o Haemophilus influenzae deverá ser aplicada. Ele também é um germe freqüente que pode causar pneumonias. Existem outras vacinas, contra outros germes, que ainda estão em estudos.
Medidas simples para prevenção de pneumonias incluem cuidados com a higiene, como a lavagem de mãos com sabonetes simples.
Uma dieta rica em frutas e vegetais, que possuem vitaminas, ajudam a reforçar o sistema de defesa do organismo às infecções.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico
Durante quanto tempo deverá ser usado o antibiótico para o tratamento de uma pneumonia bacteriana?
Qual o tratamento indicado para uma pneumonia viral?
Quanto tempo leva para uma radiografia de tórax mostrar um resultado normal, após o tratamento de uma pneumonia?
Quais as complicações que podem ocorrer com uma pneumonia?
Qual a importância de se descobrir o microorganismo causador da pneumonia? 






DSTs

O que são DST

As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são transmitidas, principalmente, por contato sexual sem o uso de camisinha com uma pessoa que esteja infectada, e geralmente se manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas. As mais conhecidas são gonorreia e sífilis.
Algumas DST podem não apresentar sintomas, tanto no homem quanto na mulher. E isso requer que, se fizerem sexo sem camisinha, procurem o serviço de saúde para consultas com um profissional de saúde periodicamente. Essas doenças quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves, como infertilidades, câncer e até a morte.
Usar preservativos em todas as relações sexuais (oral, anal e vaginal)  é o método mais eficaz para a redução do risco de transmissão das DST, em especial do vírus da aids, o HIV. Outra forma de infecção pode ocorrer pela transfusão de sangue contaminado ou pelo compartilhamento de seringas e agulhas, principalmente no uso de drogas injetáveis. A aids e a sífilis também podem ser transmitidas da mãe infectada, sem tratamento, para o bebê durante a gravidez, o parto. E, no caso da aids, também na amamentação.
O tratamento das DST melhora a qualidade de vida do paciente e interrompe a cadeia de transmissão dessas doenças. O atendimento e ao tratamento são gratuitos nos serviços de saúde do SUS.

Sintomas das DST

As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são muitas e podem ser causadas por diferentes agentes. Apesar disso, elas podem ter sintomas parecidos. Veja, abaixo, os principais sintomas das doenças mais comuns.
Sintomas: Corrimento pelo colo do útero e/ou vagina (branco, cinza ou amarelado), pode causar coceira, dor ao urinar e/ou dor durante a relação sexual, cheiro ruim na região.
DST prováveis: Tricomoníasegonorreia, clamídia.
Sintomas: Corrimento pelo canal de onde sai a urina, que pode ser amarelo purulento ou mais claro - às vezes, com cheiro ruim, além de poder apresentar coceira e sintomas urinários, como dor ao urinar e vontade de urinar constante.
DST prováveis: Gonorreia, clamídiatricomoníase, micoplasma, ureoplasma.
Sintomas: Presença de feridas na região genital (pode ser uma ou várias), dolorosas ou não, antecedidas ou não por bolhas pequenas, acompanhadas ou não de “íngua” na virilha.
DST prováveis: Sífiliscancro moleherpes genitaldonovanoselinfogranuloma venéreo.
Sintomas: Dor na parte baixa da barriga (conhecido como baixo ventre ou "pé da barriga") e durante a relação sexual.
DST prováveis: Gonorreia, clamídia, infecção por outras bactérias.
Sintomas: Verrugas genitais ou “crista de galo” (uma ou várias), que são pequenas no início e podem crescer rapidamente e se parecer como uma couve-flor.
DST prováveis: Infecção pelo papilomavírus humano (HPV)
Não sinta vergonha de conversar com o profissional de saúde e tirar todas as dúvidas sobre sexo ou qualquer coisa diferente que esteja percebendo ou sentindo. É direito de todo brasileiro buscar esclarecimento e informações durante o atendimento de saúde.



AIDS
Sinônimos:
SIDA, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.
O QUE É?
Doença infecciosa causada pelo vírus da imunodeficiência humana, que leva a uma perda da imunidade progressiva resultando em infecções graves, tumores malignos e manifestações causadas pelo próprio vírus.
COMO SE ADQUIRE?
A contaminação acontece através:
de relações sexuais,
do uso de droga injetável onde se dividem seringas com sangue contaminado,
de transfusões de sangue, durante a gravidez ou pelo leite materno,
da doação de órgãos ou sêmen infectado,
da inseminação artificial e
da exposição a material contaminado entre trabalhadores da área de saúde.
O período de incubação varia de semanas a meses. Em geral em até um ano já surgem alguns sintomas da doença.
O QUE SE SENTE?
A evolução da doença pode ser dividida em três fases:
Infecção aguda:
surge algumas semanas após a contaminação, com febre, calafrios, dor de cabeça, dor de garganta, dores musculares pelo corpo, ínguas e manchas na pele que desaparecem após alguns dias;
Infecção assintomática:
tem duração variável, de meses a anos;
Doença sintomática:
manifestação mais grave da doença, onde a pessoa vai perdendo sua imunidade e vão surgindo doenças oportunistas, tumores raros e formas graves de doenças tropicais no Brasil.
COMO SE FAZ O DIAGNÓSTICO?
São feitos exames de sangue específicos para a detecção do vírus ou de seus anticorpos.
O aparecimento de anticorpos detectáveis por exames de sangue ocorre num período de seis a 12 semanas da infecção inicial.
COMO SE TRATA?
Nos últimos anos foram obtidos grandes avanços no conhecimento da infecção pelo HIV: várias drogas foram desenvolvidas e se mostraram eficazes para o controle da doença, diminuindo sua progressão e levando a uma diminuição das doenças oportunistas, a uma melhora na qualidade de vida e, principalmente, numa maior sobrevida.
Cabe ressaltar que ainda nenhuma droga pode erradicar a doença, mas sim, controlá-la e isso só é possível se o paciente estiver tomando todas as medicações.
O abandono de tratamento e o uso incorreto das medicações são os maiores causadores do elevado número de óbitos.
COMO SE PREVINE?
O mais importante é a informação e educação visando a prática de sexo seguro, diminuindo o número de parceiros e incentivando o uso de preservativos.
Todo o sangue para ser transfundido deve ser obrigatoriamente testado e a exclusão de doadores de risco aumenta a segurança da transfusão.
Quem usa droga injetável deve lavar a seringa com água sanitária e água corrente após outra pessoa ter usado.
Instrumentos cirúrgicos devem ser desinfectados e esterilizados e os materiais descartáveis devem ser acondicionados em caixas apropriadas para evitar acidentes.
O HIV é muito sensível aos métodos de desinfecção e esterilização e é inativado por produtos químicos específicos e pelo calor, mas não por irradiação ou raios gama.
A transmissão de gestantes para seus filhos é muito diminuída com o uso de medicação anti-retroviral.



Cancro mole

O que é

O cancro mole pode ser chamado de cancro venéreo, mas seu nome mais popular é “cavalo”. Provocado pela bactéria Haemophilus ducreyi, é mais frequente nas regiões tropicais, como o Brasil.

Formas de contágio

A transmissão ocorre pela relação sexual com uma pessoa infectada, sendo o uso da camisinha a melhor forma de prevenção.

Sinais e sintomas

Os primeiros sintomas - dor de cabeça, febre e fraqueza - aparecem de dois a 15 dias após o contágio. Depois, surgem pequenas e dolorosas feridas com pus nos órgãos genitais, que aumentam progressivamente de tamanho e profundidade. A seguir, aparecem outras lesões em volta das primeiras.
Após duas semanas do início da doença, pode aparecer um caroço doloroso e avermelhado na virilha (íngua), que pode dificultar os movimentos da perna de andar. Esse caroço pode drenar uma secreção purulenta esverdeada ou misturada com sangue.
Nos homens, as feridas aparecem na cabeça do pênis (glande). Na mulher, ficam na vagina e/ou no ânus. Nem sempre, a ferida é visível, mas provoca dor na relação sexual e ao evacuar.

Tratamento

Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é recomendado procurar um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento com antibiótico adequado.



Clamídia e Gonorreia

 O que são?

Clamídia e gonorreia são infecções causadas por bactérias que podem atingir os órgãos genitais masculinos e femininos. A clamídia é muito comum entre os adolescentes e adultos jovens, podendo causar graves problemas à saúde. A gonorreia pode infectar o pênis, o colo do útero, o reto (canal anal), a garganta e os olhos. Quando não tratadas, essas doenças podem causar infertilidade (dificuldade para ter filhos), dor durante as relações sexuais, gravidez nas trompas, entre outros danos à saúde.
 

Sinais e sintomas

Nas mulheres, pode haver dor ao urinar ou no baixo ventre (pé da barriga), aumento de corrimento, sangramento fora da época da menstruação, dor ou sangramento durante a relação sexual. Entretanto, é muito comum estar doente e não ter sintoma algum. Por isso, é recomendável procurar um serviço de saúde periodicamente, em especial se houve sexo sem camisinha.
Nos homens, normalmente há uma sensação de ardor e esquentamento ao urinar, podendo causar corrimento ou pus, além de dor nos testículos. É possível que não haja sintomas e o homem transmita a doença sem saber. Para evitar, é necessário o uso da camisinha em todas as relações sexuais.
 

Diagnóstico

Por meio da consulta com um profissional de saúde, exame clínico específico e coleta de secreções genitais.

Tratamento

Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessas DST, é recomendado procurar um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado, com o uso de antibióticos específicos. 

Oftalmia Neonatal

É uma conjuntivite do recém-nascido após contaminação durante o nascimento, com secreções genitais da mãe infectada por clamídia e gonorreia, que não foram tratadas. Surge no primeiro mês de vida e pode levar à cegueira, se não prevenida ou tratada adequadamente.
  • Sinais e sintomas - Vermelhidão e inchaço das pálpebras e/ou presença de secreção (pus) nos olhos.
  • Prevenção - Deve ser feita a prevenção em todos os recém-nascidos com um colírio, aplicado na primeira hora após o nascimento ainda na maternidade.
  • Tratamento - Toda oftalmia neonatal deve receber tratamento imediato para as principais bactérias causadoras (gonococo, causador da gonorreia e clamídia), a fim de prevenir consequências graves, como a cegueira. A mãe e seu(s) parceiro(s) sexuais devem sempre ser avaliados e tratados.



Condiloma acuminado (HPV)

O que é

O condiloma acuminado, conhecido também como verruga genital, crista de galo, figueira ou cavalo de crista, é uma DST causada pelo Papilomavírus humano (HPV). Atualmente, existem mais de 100 tipos de HPV - alguns deles podendo causar câncer, principalmente no colo do útero e do ânus. Entretanto, a infecção pelo HPV é muito comum e nem sempre resulta em câncer. O exame de prevenção do câncer ginecológico, o Papanicolau, pode detectar alterações precoces no colo do útero e deve ser feita de rotina por todas as mulheres.
Não se conhece o tempo em que o HPV pode permanecer sem sintomas e quais são os fatores responsáveis pelo desenvolvimento de lesões. Por esse motivo, é recomendável procurar serviços de saúde para consultas periodicamente.

Sinais e Sintomas

A infecção pelo HPV normalmente causa verrugas de tamanhos variáveis. No homem, é mais comum na cabeça do pênis (glande) e na região do ânus. Na mulher, os sintomas mais comuns surgem na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. As lesões também podem aparecer na boca e na garganta. Tanto o homem quanto a mulher podem estar infectados pelo vírus sem apresentar sintomas.

Formas de contágio

A principal forma de transmissão desse vírus é pela via sexual. Para ocorrer o contágio, a pessoa infectada não precisa apresentar sintomas. Mas, quando a verruga é visível, o risco de transmissão é muito maior. O uso da camisinha durante a relação sexual geralmente impede a transmissão do vírus, que também pode ser transmitido para o bebê durante o parto.

Tratamento

Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é recomendado procurar um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado.

Vacina

Foram desenvolvidas duas vacinas contra os tipos de HPV mais presentes no câncer de colo do útero. Essa vacina, na verdade, previne contra a infecção por HPV. Mas o real impacto da vacinação contra o câncer de colo de útero só poderá ser observado após décadas. Uma delas é dessas vacinas é quadrivalente, ou seja, previne contra quatro tipos de HPV: o 16 e 18, presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero, e o 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas genitais. A outra é específica para os subtipos de HPV 16 e 18.
É fundamental deixar claro que a adoção da vacina não substituirá a realização regular do exame de citologia, Papanicolaou (preventivo). Trata-se de mais uma estratégia possível para o enfrentamento do problema e um momento importante para avaliar se há existência de DST. Ainda há muitas perguntas sem respostas relativas à vacina:
- Ela só previne contra as lesões pré-cancerosas ou também contra o desenvolvimento do câncer de colo de útero?
- Qual o tempo de proteção conferido pela vacina?
- Levando-se em conta que a maioria das infecções por HPV é facilmente debelada pelo sistema imunológico, como a vacinação afeta a imunidade natural contra o HPV?
- Como a vacina afeta outros tipos de HPV associados ao câncer de colo de útero e condilomas (verrugas)?
A vacina funciona estimulando a produção de anticorpos específicos para cada tipo de HPV. A proteção contra a infecção vai depender da quantidade de anticorpos produzidos pelo indivíduo vacinado, a presença destes anticorpos no local da infecção e a sua persistência durante um longo período de tempo.
A duração da imunidade conferida pela vacina ainda não foi determinada, principalmente pelo pouco tempo em que é comercializada no mundo, desde 2007. Até o momento, só se tem convicção de cinco anos de proteção. Na verdade, embora se trate da mais importante novidade surgida na prevenção à infecção pelo HPV, ainda é preciso delimitar qual é o seu alcance sobre a incidência e a mortalidade do câncer de colo do útero.
A forma como as informações sobre o uso e a eficácia da vacina têm chegado à população brasileira é adequada?
Não. É preciso que fabricantes, imprensa, profissionais e autoridades de saúde estejam conscientes de sua responsabilidade. É imprescindível esclarecer sob quais condições a vacina pode se tornar um mecanismo eficaz de prevenção para não gerar uma expectativa irreal de solução do problema e desmobilizar a sociedade e seus agentes com relação às políticas de promoção e prevenção realizadas. Deve-se informar que, segundo as pesquisas, as principais beneficiadas são as meninas que ainda não fizeram sexo, que as mulheres deverão manter a rotina de realização do exame Papanicolaou e as DST que, mesmo comprovada a eficácia da vacina e sua aplicação ocorra em larga escala, uma redução significativa dos indicadores da doença pode demorar algumas décadas.




Sífilis

O que é

É uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Podem se manifestar em três estágios. Os maiores sintomas ocorrem nas duas primeiras fases, período em que a doença é mais contagiosa. O terceiro estágio pode não apresentar sintoma e, por isso, dá a falsa impressão de cura da doença.
Todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para diagnosticar a sífilis, principalmente as gestantes, pois a sífilis congênita pode causar aborto, má formação do feto e/ou morte ao nascer. O teste deve ser feito na 1ª consulta do pré-natal, no 3º trimestre da gestação e no momento do parto (independentemente de exames anteriores). O cuidado também deve ser especial durante o parto para evitar sequelas no bebê, como cegueira, surdez e deficiência mental.

Formas de contágio

A sífilis pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante o sexo sem camisinha com alguém infectado, por transfusão de sangue contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou o parto. O uso da camisinha em todas as relações sexuais e o correto acompanhamento durante a gravidez são meios simples, confiáveis e baratos de prevenir-se contra a sífilis.

Sinais e sintomas

Os primeiros sintomas da doença são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços nas virilhas (ínguas), que surgem entre a 7 e 20 dias após o sexo desprotegido com alguém infectado. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Mesmo sem tratamento, essas feridas podem desaparecer sem deixar cicatriz. Mas a pessoa continua doente e a doença se desenvolve. Ao alcançar um certo estágio, podem surgir manchas em várias partes do corpo (inclusive mãos e pés) e queda dos cabelos.
Após algum tempo, que varia de pessoa para pessoa, as manchas também desaparecem, dando a ideia de melhora. A doença pode ficar estacionada por meses ou anos, até o momento em que surgem complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas cardíacos, podendo, inclusive, levar à morte. 

Diagnóstico

Quando não há evidencia de sinais e ou sintomas, é necessário fazer um teste laboratorial. Mas, como o exame busca por anticorpos contra a bactéria, só pode ser feito a partir da primeira à terceira semana após o contágio.

Tratamento

Recomenda-se procurar um profissional de saúde, pois só ele pode fazer o diagnóstico correto e indicar o tratamento mais adequado, dependendo de cada estágio. É importante seguir as orientações médicas para curar a doença. 

Sífilis congênita

É a transmissão da doença de mãe para filho. A infecção é grave e pode causar má-formação do feto, aborto ou morte do bebê, quando este nasce gravemente doente. Por isso, é importante fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e, quando o resultado é positivo, tratar corretamente a mulher e seu parceiro. Só assim se consegue evitar a transmissão da doença.
Sinais e sintomas
A sífilis congênita pode se manifestar logo após o nascimento, durante ou após os primeiros dois anos de vida da criança. Na maioria dos casos, os sinais e sintomas estão presentes já nos primeiros meses de vida. Ao nascer, a criança pode ter pneumonia, feridas no corpo, cegueira, dentes deformados, problemas ósseos, surdez ou deficiência mental. Em alguns casos, a sífilis pode ser fatal.
O diagnóstico se dá por meio do exame de sangue e deve ser pedido no primeiro trimestre da gravidez. O recomendado é refazer o teste no 3º trimestre da gestação e repeti-lo logo antes do parto, já na maternidade. Quem não fez pré-natal, deve realizar o teste antes do parto. O maior problema da sífilis é que, na maioria das vezes, as mulheres não sentem nada e só vão descobrir a doença após o exame.
Tratamento
Quando a sífilis é detectada, o tratamento deve ser indicado por um profissional da saúde e iniciado o mais rápido possível. Os parceiros também precisam fazer o teste e ser tratados, para evitar uma nova infecção da mulher. No caso das gestantes, é muito importante que o tratamento seja feito com a penicilina, pois é o único medicamento capaz de tratar a mãe e o bebê. Com qualquer outro remédio, o bebê não estará sendo tratado. Se ele tiver sífilis congênita, necessita ficar internado para tratamento por 10 dias. O parceiro também deverá receber tratamento para evitar a reinfecção da gestante e a internação do bebê.
Cuidados com o recém-nascido
Todos os bebês devem realizar exame para sífilis independentemente dos exames da mãe. Os bebês que tiverem suspeita de sífilis congênita precisam fazer uma série de exames antes de receber alta

Tricomoníase

O que é

É uma infecção causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. Nas mulheres, ataca o colo do útero, a vagina e a uretra, e nos homens, o pênis.

Sinais e Sintomas

Os sintomas mais comuns são dor durante a relação sexual, ardência e dificuldade para urinar, coceira nos órgãos sexuais, porém a maioria das pessoas infectadas não sente alterações no organismo.

Formas de contágio

A doença pode ser transmitida pelo sexo sem camisinha com uma pessoa infectada. Para evitá-la, é necessário usar camisinha em todas as relações sexuais (vaginais, orais ou anais). É a forma mais simples e eficaz de evitar uma doença sexualmente transmissível.

Tratamento

Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é recomendado procurar um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado. Os parceiros também precisam de tratamento, para que não haja nova contaminação da doença.


Linfogranuloma venéreo

O que é

É uma infecção crônica causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, que atinge os genitais e os gânglios da virilha. 

Formas de contágio

A transmissão do linfogranuloma venéreo ocorre pelo sexo desprotegido com uma pessoa infectada. Por isso, é preciso usar camisinha sempre e cuidar da higiene íntima após a relação sexual.

Sinais e sintomas

Os primeiros sintomas aparecem de 7 a 30 dias após a exposição à bactéria. Primeiro, surge uma ferida ou caroço muito pequeno na pele dos locais que estiveram em contato com essa bactéria (pênis, vagina, boca, colo do útero e ânus) que dura, em média, de três a cinco dias. É preciso estar atento às mudanças do corpo, pois essa lesão, além de passageira, não é facilmente identificada. Entre duas a seis semanas após a ferida, surge um inchaço doloroso dos gânglios da virilha. Se esse inchaço não for tratado rápido, pode piorar e formar feridas com saída de secreção purulenta, além de deformidade local. Podem haver, também, sintomas gerais como dor nas articulações, febre e mal estar.

Tratamento

Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é recomendado procurar um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado, que consiste em uso de antibióticos por tempo determinado.






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