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terça-feira, 17 de abril de 2012

17/04/2012




Foto: Assessoria
Nas primeiras etapas o coração artificial brasileiro ficará fora do corpo dos pacientes
Nas primeiras etapas o coração artificial brasileiro ficará fora do corpo dos pacientes
Os cirurgiões que participam do 39º Congresso Nacional de Cirurgia Cardiovascular em Maceió tiveram ontem uma boa notícia para comemorar: o Conselho Nacional de Ética em Pesquisa e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Avisa) autorizaram a realização do estudo clínico para o implante com o primeiro coração artificial desenvolvido no Brasil.
Cinco pacientes já foram selecionados para receber o coração artificial, que foi desenvolvido pelo Instituto Dante Pazzanese, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, com apoio do Hospital do Coração, Fapesp, CNPq e Ministério da Saúde.
O cirurgião-cardíaco Jarbas Dinkhuysen, chefe do setor de transplantes do Instituto Dante Pazzanese e principal responsável pelo projeto – e também participante do congresso – disse que após avaliação dos resultados nesses primeiros pacientes, o dispositivo será também testado em outro cinco voluntários.
“Se tudo correr bem, como esperamos, teremos então a possibilidade de industrializar o coração artificial auxiliar de forma contundente e distribuí-lo para institutos credenciados e com equipes treinadas”, disse ele.
Nas primeiras etapas o coração artificial brasileiro ficará fora do corpo dos pacientes para ser permanentemente monitorado, método tecnicamente conhecido como paracorpóreo. Dinkhuysen explicou que a medida é uma questão de segurança. “Se houver algum problema, será muito mais fácil de resolver, o que não aconteceria com o dispositivo dentro do tórax”.
Uma bateria fica acoplada do lado de fora do corpo do paciente e precisa ser trocada a cada duas horas. Desta forma, o paciente pode esperar pelo transplante em melhores condições clínicas.
A utilização do coração artificial dentro da caixa torácica do paciente somente deverá acontecer após outro período de análise de seus resultados nessas duas primeiras etapas.
E, ao contrário do que muitos imaginam, o coração artificial não substitui o coração original. Segundo Dinkhuysen, ele é acoplado para assumir uma função auxiliar.
Insuficiência cardíaca
Todos os pacientes que vão receber o dispositivo sofrem de insuficiência cardíaca aguda ou descompensada, não respondem de forma positiva aos medicamentos, estão em boas condições psicológicas para a cirurgia e foram selecionados a partir da lista de espera da Central de Transplante de Órgãos de São Paulo.
O objetivo do coração artificial é manter esses pacientes vivos até que apareça um doador compatível para o transplante. Mas também pode ser usado temporariamente para que o coração do paciente se restabeleça de uma patologia chamada miocardite aguda (infecção do coração, geralmente de origem viral).
Por fim, é indicado também para pacientes com indicação de transplante de coração mas que têm contra-indicação para a cirurgia, normalmente por debilidade provocada por outras doenças. Nesse caso, segundo o pesquisador paulista, deverá usar o dispositivo para o resto da vida.
Made in Brazil
O aparelho começou a ser desenvolvido em 1998, em São Paulo, com técnica genuinamente nacional, e em 2004 foram iniciados testes em bezerros. Após obter bons resultados, a equipe de pesquisadores liderada por Dinkhuysen pediu em setembro do ano passado autorização para começar a realizar testes em humanos.
Em vários lugares do mundo este tipo de procedimento, também conhecido por assistência circulatória mecânica, já é realizado com sucesso. Em alguns casos, os pacientes se adaptam tão bem ao uso do coração artificial que não querem mais ser transplantados.
O uso desse tipo de procedimento não inclui risco de rejeição. Há sim risco de coagulação do sangue dentro do coração artificial, mas tal problema é controlado com medicação.
Para destacar a importância do invento, Jarbas Dinkhuysen mostrou que no Brasil a estimativa é de que a cada ano 150 mil pessoas que necessitam de transplante de coração, mas apenas perto de 300 conseguem a cirurgia. Nos EUA, segundo ele, são 250 mil pacientes por ano, para apenas pouco mais de dois mil transplantes.
Não é à toa que as filas de espera são grandes, embora os candidatos não consigam aguardar muito tempo, uma vez que a grande maioria morre por insuficiência cardíaca antes do transplante. E, ainda segundo Dinkhuysen, também não há tantos corações para doar que atendam à demanda.
Segundo levantamento das entidades da área de cardiologia, cerca de metade dos pacientes graves morrem na fila de espera.
O custo do coração artificial produzido no Brasil fica entre R$ 60 mil e R$ 100 mil, valores bem inferiores à média dos aparelhos importados, que chegam a custar no mercado internacional até US$ 500 mil. Se produzido em massa, o custo deve sofrer queda considerável, preveem os especialistas.
Isso, na opinião do pesquisador Jarbas Dinkhuysen, viabiliza a utilização do dispositivo pelo SUS, ajudando a salvar milhares de vidas que hoje dificilmente teriam uma chance diante do quadro atual

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